Olhe para seus pés.
Já se imaginou calçando um tênis de uma empresa de Beaverton, Oregon (EUA)?
E se eu dissesse que ele carrega uma bela asa estilizada como símbolo?
A asa de uma implacável deusa grega da vitória: Nike.
Bom, pelo nome, acho que agora ficou mais fácil de imaginar.
Talvez você até esteja usando um tênis da Nike neste momento.
Hoje entendemos por quais motivos o Swoosh, como é chamado o símbolo, segue quase inalterável e reverenciado desde sua criação:
Sua forma simples.
Suas curvas encantadoras.
Seu aspecto único.
Detalhes que fazem desse símbolo um dos mais famosos e memoráveis do mundo (seguido pela Apple, McDonalds e Coca-Cola).
Em 1971, quando foi criado por Carolyn Davidson (uma estudante de design gráfico) por US$ 35, nem todo mundo entendeu o que representava, nem sabia se resistiria ao teste do tempo.
Phil Knight (o boss da Nike) que o diga. Quando apresentado por Carolyn a essa obra prima do sintetismo visual, ele não ficou muito impressionado: “Bom, não vou dizer que adorei, mas talvez isso cresça em mim”, disse ele.
Às vezes um cliente surge com um pensamento parecido. Mesmo depois depois de uma longa jornada de investigação e montagem da estratégia de posicionamento, o símbolo pode não convencer. E tá tudo bem.
A jornada continua. Revisamos, ajustamos e às vezes refazemos. Muitas vezes, acertamos na segunda ou terceira revisão. O perigo é quando depois de 20 revisões o cliente ainda não conseguiu se identificar.
Nesse momento é bom lembrar que (se for o caso) ele não é o público-alvo. E que a melhor opção é escolher o que parece ser o mais certo e seguir em frente.
Algum sábio disse uma vez que “em qualquer momento de decisão, o melhor é fazer a coisa certa, a próxima melhor coisa é fazer a coisa errada e a pior coisa a fazer é nada.”
O Swoosh praticamente não significava nada pras pessoas lá em 1971. Mas a Nike fez ele ganhar significado através dos seus produtos de qualidade e da dedicação contínua em criar uma cultura forte em torno dela. Antes de valer bilhões, ela tinha atitude. E, mesmo evocando o nome da deusa da vitória, ela teve que suar a camisa pra vencer e ser o que é hoje.
Ou seja, um logo não define uma marca e o sucesso não acontece da noite pro dia. Exige tempo, atitude e posicionamento. Ser sustentável é primordial, adaptando sua comunicação e inovando suas entregas. Mas jamais pode deixar de lado sua essência visual e o seu propósito.
E para fechar com chave de ouro, imagina só: depois de ter feito o logo por US$ 35, Carolyn acabou ganhando da Nike 500 ações, que hoje valem mais de US$ 600 mil! Isso é que é valorizar o profissional. Então, nem pense em pedir pra fazermos um logo pelo preço de um sanduíche, combinado?
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