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Foto do escritorAmanda Nunes

A Sociedade da Neve surpreende ao retratar a angústia humana


Ilustração de Élton Pedasi

Nos dias de hoje, já podemos dizer que existe uma nova maneira de contar histórias. E diante desta realidade, a Netflix deixa de contar dramas baseados em enredos e concentra-se nos detalhes da vida dos personagens, se consolidando como uma empresa de sucesso no ramo das narrativas de storytelling. 


E, como aqui na +Presença acreditamos que contar histórias através de narrativas envolventes é uma das maneiras mais eficientes de criar uma conexão entre marca e cliente, hoje vamos falar sobre um filme que recentemente conquistou o público da Netflix: A Sociedade da Neve. Vem com a gente!


Com a direção de Juan Antonio Bayona (O Impossível e Jurassic World: Reino Ameaçado), A Sociedade da Neve estreou na plataforma de streaming em 4 de janeiro de 2024 e conta a história do acidente sofrido por um avião fretado para levar jogadores uruguaios para uma partida de rúgbi no Chile.  


História já contada em Os Sobreviventes dos Andes (1976), de René Cardona, e Vivos (1993), de Frank Marshall, A Sociedade da Neve remonta o acidente do voo  571 da Força Aérea Uruguaia, que aconteceu no dia 13 de outubro de 1972 e contava com 45 passageiros entre jogadores, familiares e amigos. Inspirada no livro do jornalista Pablo Vierci, La Sociedad de la Nieve, a trama mostra os 72 dias dos sobreviventes que caíram na Cordilheira dos Andes, um dos ambientes mais hostis do planeta.



Logo no início, o filme já transporta o espectador para o impacto que parte a aeronave ao meio, matando 16 passageiros. O trabalho do diretor de fotografia, Pedro Luque (Besouro Azul), cria um momento intenso da queda do avião, retratando a realidade dos corpos esmagados, membros se quebrando e mostrando o desespero latente nas expressões dos personagens. A fotografia também se destaca, pois ao longo da produção, Luque foge da monotonia visual das geleiras, explorando todos os ambientes da montanha e mostrando todos os detalhes do acidente. 


Após cair nos Andes, os personagens passam por uma série de provações enquanto estão à espera de socorro. As condições climáticas extremas de 25 graus abaixo de zero, a ausência de perspectiva de resgate e a fome conduzem a narrativa que constrói a história real por sobrevivência do grupo de amigos que se organizou e se uniu para evitar a morte. 


O filme evita o sensacionalismo do canibalismo, optando por explorar o estado psicológico dos personagens diante do dilema moral de consumir a carne dos amigos que partiram. Existe uma parcela de culpa católica ao tomar essa decisão drástica em prol da sobrevivência, mas que é explorada de forma sutil. 


Com 51 milhões de visualizações nos primeiros 11 dias de lançamento, o filme já atingiu 110 milhões de acessos mundiais e é número 1 em 93 países. Indicado ao Oscar 2024 como melhor filme internacional e com a nota 7,9 no IMDB (Internet Movie Database) a angústia e o desespero de viver são os sentimentos que prevalecem durante o filme.


Após as 2h25min de A Sociedade da Neve, percebemos que no cinema o storytelling apresenta personagens que o público se identifica, criando empatia e construindo conexões emocionais profundas. Mas, também podemos usar a estratégia de contar histórias que destacam valores em diferentes frentes do marketing, pois quando as marcas contam histórias envolventes, criam uma experiência emocional, fortalecendo os laços com o público e criando memórias duradouras que levarão os clientes a se conectar mais profundamente com a marca. 

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